O Comitê Igualdade Racial do Grupo Mulheres do Brasil vem a público repudiar e denunciar mais um ato de genocídio do povo negro, ocorrido na tarde deste domingo, 7 de abril.
Em plena luz do dia, o carro onde estava Evaldo dos Santos Rosa, de 51 anos, sua esposa, seu sogro, seu filho de 7 anos e uma afilhada de 13 anos, foi atingido brutalmente por militares que dispararam 80 tiros, resultando na execução fria e cruel de Evaldo. O sogro de Evaldo também foi baleado e está internado.
A ação bárbara dos militares que patrulhavam o bairro de Guadalupe, zona oeste do Rio de Janeiro ocorreu quando a família do músico e segurança morto de forma cruel se dirigia para um chá de bebê.
O genocídio do povo negro é extremamente sério e não é um problema atual. Vivemos um momento em que ‘enganos’ como esse não são mais aceitos pela população que ainda hoje tem medo de quem justamente deveria cuidar de sua segurança.
Foram 80 tiros! Nada justifica tamanha brutalidade.
O racismo institucional infelizmente está enraizado em nossa sociedade e as instituições precisam se responsabilizar pelos danos do passado e do presente causados a esses excluídos que são a maioria da população brasileira, 54%, segundo dados do IBGE.
Esperamos que os responsáveis sejam punidos na forma da lei para que sirva de exemplo e atos como esse fiquem na história. E esperamos ainda que, num futuro não distante, tenhamos muitas sequências de fatos alegres a celebrar.
Luiza Helena Trajano – presidente do Grupo Mulheres do Brasil
Elizabete Scheibmayr – líder do Comitê Igualdade Racial do Grupo Mulheres do Brasil
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