Cidades partidas precisam de pontes. Pontes que passem por cima dos muros criados pela desigualdade. Pontes que conectem os cidadãos. Pontes que tragam para as comunidades desassistidas o poder público e a dignidade. No Grupo Mulheres do Brasil, temos muitas dessas pontes. Cada mulher traz sua história, e assim cada vez mais nos pluralizamos e crescemos.
Em São Paulo, onde fica a nossa sede, a comunidade de Paraisópolis trabalha para ser conhecida e reconhecida. Sonha em ser bairro, em contar com o que o poder público deveria prover. Elizandra Cerqueira e Rejane dos Santos, do Comitê Conexão Bairros e Comunidades, são responsáveis por alguns projetos muito bem sucedidos por lá. Elizandra está à frente do premiado Mãos de Maria, como contamos no post Paraisópolis.
Rejane e outros jovens da comunidade despertaram para o ativismo social no Grêmio Estudantil da Escola Estadual Etelvina de Góes Marcucci, criado em 2002 com a missão de unir e movimentar os estudantes para a discussão de seus direitos, apoiar os professores nas ações propostas dentro da escola e debater assuntos sobre a comunidade. O Grêmio gerou muitos frutos e o trabalho que começou na escola se espalhou pela comunidade de Paraisópolis. Aqueles jovens do grêmio hoje trabalham na União de Moradores e Comércio. Realizaram, entre muitas outras ações, o maior projeto de urbanização de favelas da America latina.
Rejane e Elizandra estão entre as pioneiras do Grupo Mulheres do Brasil. Rejane diz que o Grupo tem cumprido um papel transformador para o país, por unir mulheres de todas as classes sociais e apoiar bandeiras de fortalecimento das mulheres na sociedade.
“Ter Paraisópolis participando do grupo Mulheres do Brasil, desde sua fundação, é algo muito importante, pois mostra que o grupo sempre esteve preocupado em ter representações de todos os segmentos independente de classe social. E o grupo tem apoiado várias de nossas ações e potencializado o nosso trabalho na comunidade”, conclui Rejane.
Deixe um comentário