No dia 8 de março, as mulheres ocuparam o vestiário masculino do Estádio Hailé Pinheiro, do Goiás Esporte Clube, em Goiânia, e marcaram um golaço digno de um camisa 10 da seleção. Cerca de 70 colaboradores do time, entre homens e mulheres, se reuniram no local predominantemente masculino, para assistir à palestra sobre Protagonismo Feminino, ministrada pela advogada Maria Luiza Cavalcante Lima, líder do Grupo Mulheres do Brasil, Núcleo Goiânia.
Em clima de interação e diálogo foram abordados fatos contemporâneos envolvendo voto feminino, Lei Maria da Penha, violência contra a mulher, cotas para candidatas mulheres nas eleições e inovação na Copa do Mundo com a inserção de narradoras do sexo feminino na transmissão pela TV.
Porém, segundo a palestrante, o principal debate neste dia, foi sobre o artigo 5º, incisivo I, da Constituição, segundo o qual todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza. “Todos são iguais independentemente de raça, gênero e sexo. Não somos contra os homens, queremos estar lado a lado. Ser feminista é querer direitos iguais entre homens e mulheres”, destaca Maria Luiza.
“Especialmente os homens presentes – por volta de 30 – se interessaram muito pelos temas abordados, mais até do que as mulheres. Pois, agora existe a obrigação que se manter times femininos e eles não sabem muito como lidar com a situação”, relata a advogada.
Artigo 5º, inciso I, da Constituição
Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade, nos termos seguintes:
I – homens e mulheres são iguais em direitos e obrigações, nos termos desta Constituição.
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