“Precisamos falar sobre Saúde Mental e sobre tudo o que diz respeito à Saúde Mental das pessoas, das sociedades e de toda a humanidade” – esse é o mote da Campanha Janeiro Branco
Janeiro Branco é um movimento mundial em prol da construção de uma cultura da Saúde Mental da humanidade. O objetivo é mobilizar a sociedade em torno da saúde mental e emocional, com ações preventivas e campanhas educativas e de conscientização.
Segundo dados da Organização Mundial de Saúde, 11,5 milhões de brasileiros sofrem de depressão, o equivalente a 5,8% da população. Os transtornos mentais acometem 22 milhões de brasileiros, 12% da população, e, ainda, quase 19 milhões de pessoas possuem algum tipo de transtorno de ansiedade, ou seja, quase 9,3% da população brasileira.
Anualmente, 800 mil casos de suicídio são registrados no mundo, geralmente decorrentes de casos graves de depressão não diagnosticada ou tratada. As mulheres são mais suscetíveis à depressão, que também é um tipo de transtorno mental.
Segundo a médica infectologista Glória Brunetti, a saúde mental está perto daquilo que temos que realizar e observar primeiramente em nós mesmos, assim como focar e viver o presente é muito importante para evitar a ansiedade. “Quando vivemos em função do futuro, do que pode ou não acontecer, e que muitas vezes nem está nas nossas mãos o controle, isto gera ansiedade”, diz a médica, que também é uma das líderes do Comitê de Saúde do Grupo Mulheres do Brasil.
Ela explica ainda que um dos agravantes da depressão pode ser o apego a situações do passado. “Quando nos agarramos no passado, sofrendo e remoendo por algo que já passou e nem podemos alterar mais nada, isto gera grande frustração, angústia e pode ser uma porta ou um agravante para a depressão. Daí a importância de vivermos intensamente o presente, o hoje. É a nossa grande possibilidade de mudança, de perdoar, de procurar o que nos faz feliz”, enfatiza.
Para a psicóloga e líder de Apoio Emocional do Grupo Mulheres do Brasil, Fátima Macedo, A Campanha Janeiro Branco (saiba mais neste link) tem contribuído para trazer luz a um tema que ainda é alvo de muitas dúvidas e preconceito, mas que, aos poucos, tem ganhado relevância, não só pelo aumento dos índices de adoecimento mas também devido a um interesse maior das pessoas por prevenção e por mais qualidade de vida.
“E como prevenção sempre é o melhor caminho, algumas dicas são importantes para conseguirmos uma relação mais equilibrada entre as nossas emoções, pensamentos e comportamentos e assim mantermos uma boa saúde emocional, prevenindo a depressão e a ansiedade”, sugere Fátima.
Busque o autoconhecimento
De acordo com a psicóloga, é possível fazer isso de diversas formas, com boas leituras, mentoria, psicoterapia, coaching, por exemplo. “Vai te ajudar e entender melhor suas emoções e também a fazer uma boa faxina mental. É preciso identificar e limpar crenças limitantes, assim como críticas e julgamentos. Limpar vestígios traumáticos do passado, feridas emocionais que geram pensamentos e sentimentos desconfortáveis. Ao se conhecer melhor sua mente ficará mais tranquila, menos acelerada e mais equilibrada”, propõe.
Estimule o bem-estar
A profissional explica que há no organismo humano quatro substâncias químicas naturais que propiciam bem-estar quando estimuladas, são elas: endorfina, serotonina, dopamina e oxitocina. “Para estimular sua produção, pratique exercícios aeróbicos, relembre momentos felizes, ouça música, cante, dance, tome sol, faça massagem, exercite a gratidão, medite, abrace mais. Consumir alimentos como banana, ovos, chocolate, salmão e grão de bico também ajuda”, aponta a líder de Apoio Emocional.
Existem ainda outras atitudes e escolhas que fazem muito bem para a saúde emocional e ajudam a prevenir a depressão e a ansiedade, pondera Fátima Macedo. “Leitura, compartilhar momentos com a família e os amigos, brincar com os filhos, uma boa conversa, viajar, estudar, ficar um pouco sozinho em estado de contemplação, sair com os amigos, ter um hobby, ter um animal de estimação. Fique atento aos sintomas e se precisar busque ajuda”, conclui.
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