Combate à violência contra a mulher Expansão Plugar São Paulo

Programa Plugar mobiliza sociedade pelo fim da violência contra a mulher

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Um debate, mediado por Luiza Helena Trajano, presidente do Grupo Mulheres do Brasil, encerrou a agenda do fórum do Programa Plugar, no último dia 27 de junho, realizado no Auditório Santander, em São Paulo. O evento foi idealizado pelo Comitê Expansão, para unir ações e metas globais de três importantes causas defendidas pelo Grupo, por meio dos seus respectivos comitês representativos: Combate à Violência Contra a Mulher, Educação e Igualdade Racial.

Foto: Kelly Castilho

Aproximadamente 500 mulheres lotaram a plateia dos talk shows de encerramento: o primeiro ancorado pela líder do Comitê de Combate à Violência Contra a Mulher, Raquel Preto, com a promotora de Justiça Sílvia Chakian e a juíza Tatiane Moreira Lima; e o segundo por Luiza Trajano, com Maria da Penha em pessoa e a paisagista Elaine Caparroz, que quase foi morta ao ser espancada por um desconhecido dentro de sua própria casa, em um caso amplamente divulgado pela imprensa (leia mais abaixo).

Neste último, quando questionada por Luiza sobre que parte da lei que gostaria de ver funcionar melhor, Maria da Penha queixou-se da dificuldade de implementação das políticas públicas de suporte às vítimas de violência doméstica. “Só funciona em um município se tiver instalados os equipamentos para denúncia e apuração: delegacia especializada, Centro de Referência da Mulher, Juizado de Defesa da Mulher e Casa Abrigo [os quatro previstos em lei]. Se não tem, a mulher precisa se deslocar muito e nem todas podem”, explicou.

Maria da Penha participa do Talk Show Combate à Violência contra a Mulher – Foto: Náira

Maria da Penha pontuou que o Centro de Referência é um dos equipamentos mais importantes, porque é onde a vítima será orientada por um advogado, um psicólogo e um assistente social, que saberão avaliar se ela corre risco de vida. “A gente sabe que municípios menores não têm, mas se todo município tem posto de saúde e hospital, que seja criado nesse equipamento de saúde um núcleo com esses profissionais”, propõe. “Quando a gente quer, a gente pode, encontra os meios de poder”, acrescentou, arrancando aplausos do público.

Elaine Caparroz disse receber relatos, pelo Instagram, de mulheres que também são vítimas de violência. “Muitas procuraram delegacia normal e, orientadas a procurar outra, especializada, desistiram por dificuldades de locomoção”, contou.

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