Mobilização reunirá milhares de pessoas que sairão às ruas em todo o país vestindo laranja, a cor dos 16 Dias de Ativismo pelo Fim da Violência contra as Mulheres
O Grupo Mulheres do Brasil, por meio do seu Comitê de Combate à Violência contra a Mulher, convoca toda a sociedade a se unir por uma causa que diz respeito a todo mundo: o fim da violência contra as mulheres. E é com esse intuito que realiza a 3ª Caminhada pelo Fim da Violência contra as Mulheres, no dia 8 de dezembro, a partir das 9h, em vários pontos do país, como também ações no exterior. Ao todo, mais de 20 cidades participarão desta grande mobilização.
As estatísticas da violência contra as mulheres são chocantes. Dados do último Atlas da Violência, do Ipea, de 2017, apontam que a taxa de mortes de mulheres bateu recorde, chegando a 4,7 assassinatos a cada 100 mil habitantes. Em 2018, foram registrados mais de 145 mil casos de violência — física, sexual, psicológica e de outros tipos —, contra mulheres em que as vítimas sobreviveram (cada registro pode incluir mais de um tipo de violência), segundo o Ministério da Saúde. Ainda de acordo com o órgão, estupros coletivos contra mulheres foram 3.837, em 2018; a cada quatro minutos, uma mulher é agredida por ao menos um homem, a maior parte das vítimas de violência, ou seja, 68%, é mulher.
Segundo Luiza Helena Trajano, presidente do Grupo Mulheres do Brasil, será uma grande mobilização que colocará nas ruas a voz de todas as pessoas, pedindo um basta aos índices vergonhosos da violência contra as mulheres. “Não podemos mais aceitar que o Brasil ocupe o 5º. lugar nesse triste ranking mundial do feminicídio, em que uma mulher é morta a cada duas horas e em que há um estupro a cada 11 minutos. Temos que mudar essa realidade urgente, é a união de todos e todas por uma causa global”, diz a executiva.
A iniciativa integra os “16 Dias de Ativismo pelo Fim da Violência contra as Mulheres” – uma campanha internacional de combate à violência contra as mulheres e meninas, apoiada pela ONU Mulheres, que consiste numa mobilização global da sociedade civil em torno desse propósito. No Brasil, a mobilização dura 21 dias, com início em 20 de novembro – no Dia Nacional da Consciência Negra e pelo fato de mulheres negras serem as maiores vítimas da violência –, e se encerra em 10 de dezembro, Dia Internacional dos Direitos Humanos.
Para Elizabete Scheybmayr, uma das líderes do Comitê de Combate à Violência contra a Mulher, é um momento de unir forças. “Já tivemos grandes avanços com a Lei Maria da Penha e as delegacias da mulher, mas ainda temos muito a fazer para garantir uma assistência adequada às vítimas de violência, lutando por legislações favoráveis a elas, detectando os casos e recuperando os agressores, por exemplo. Essa campanha de conscientização é uma grande ação, pois chama a atenção de toda a sociedade para um problema que diz respeito a todos nós”, diz Elizabete.
De acordo com Marisa Cesar, CEO do Grupo Mulheres do Brasil, a caminhada deverá reunir milhares de pessoas. “Essa grande mobilização ganhou agora caráter internacional com os nossos Núcleos no exterior. A violência contra a mulher acontece em todo o mundo, não é um problema exclusivo do Brasil. Com camisetas laranjas, vamos ocupar as ruas em sintonia com as mulheres de todo o planeta que ainda vivem em situação de violência”, estima Marisa.
Em São Paulo, a caminhada sairá da Praça dos Ciclistas – avenidas Paulista com a Consolação – começando a concentração às 9h –, e percorrerá a Paulista até a Casa das Rosas, em frente ao número 37. Acesse este link e confira as cidades e os Núcleos que estão participando desta grande mobilização, escolha o local mais próximo de você e participe!
A Caminhada pelo Fim da Violência contra as Mulheres tem o patrocínio do Magazine Luiza e apoio do Instituto Avon, empresas comprometidas que desenvolvem ações para acabar com a violência doméstica.
Para mencionar a Caminhada nas redes sociais, durante todo o período de mobilização, os participantes podem utilizar em suas redes sociais as hashtags #juntassomosmaisfortes, #eumetoacolhersim, #chegadeassédio, #mexeucomumamexeucomtodas, #chegadefeminicidio, #nãoaviolênciacontraasmulheres e #nemumaamenos.
Eu apoio essa atitude e tb a pena de morte para os canalha que diariamente tiram as vidas de tantas mulheres jovens matando tb todos que as amam